Porquê alguns atletas se
machucam tanto? Fique atento!
“Ter que parar de
correr!!! ” Esta é a resposta imediata de um verdadeiro corredor quando
questionado qual seria hoje seu maior pesadelo…
Os benefícios decorrentes
da corrida são inúmeros e facilmente perceptíveis, principalmente por aqueles
que costumam praticar regularmente. Contudo, nem tudo são flores na vida de um
corredor… a presença de lesões músculo-esqueléticas representa sem sombra de
dúvida o maior dos malefícios; sendo apontada como a principal causa de afastamentos
e interrupções da prática.
Nos dias de hoje cresce o
número de praticantes de corrida de rua, que deixa de ser apenas praticantes de
atividade física controlada e moderada, tornando-se atletas amadores, com
preparação e treinamento muitas vezes bem próximo ao de atletas de elite.
Lesão na corrida é um
assunto bastante complexo.
Mas então, porque o
corredor se machuca?
O corpo humano é uma
máquina complexa e as lesões têm origens múltiplas. Elas podem
estar associadas
a questões do próprio indivíduo — como anatomia, biomecânica, tipo de pisada,
nutrição, parte hormonal, nível de fadiga, hidratação e parâmetros bioquímicos e também a fatores relacionados ao treinamento — como volume, intensidade,
periodização,
tipo de superfície e equipamentos além do clima. “É muito
difícil caracterizar um, dois ou três geradores de lesão. O que existe é uma
combinação de vários fatores” que deve ser investigado para descobrir o fator
causal, destaca Luiz Fernando Sola, fisioterapeuta responsável pelo Núcleo de
Estudo da Postura e Pé do Instituto Krion.
Cerca de 60 a 70% das
lesões de corrida podem ser prevenidas se forem realizadas uma
programação adequada de treinamento e prevenção. Avaliação Funcional e Postural
associada ao Estudo do Pé e Pisada são fatores importantes para detectar
se tem alguma alteração que possa potencializar o aparecimento de lesões.
Acessórios como tênis adequado, além de um acompanhamento nutricional são
necessários. Por isso, ressalto sempre a importância de se ter por perto
profissionais especializados em avaliar os fatores de riscos relacionados à
prática da corrida.
Fascite Plantar: Inflamação de estrutura de sustenção da planta dos pés que se
estende do calcanhar aos dedos, passando pelo arco plantar.
Metatarsalgia: Dor na região anterior dos pés, que surge principalmente na fase
de desprendimento do pé do solo durante a corrida devido à sobrecarga mecânica
da região.
Fraturas de fadiga: Também chamadas de fraturas de stress. São decorrentes de uma
inadequada recuperação do tecido ósseo que constantemente é sobrecarregado pela
repetição mecânica.
Tendinopatia do Calcâneo: processo crônico-degenerativo do tendão calcâneo decorrente de uma
sobrecarga tensional na estrutura que liga o calcanhar à musculatura posterior
da perna.
Dor patelo-femoral: Dor de origem insidiosa
na patela e nos tendões próximos, decorrente principalmente por desequilíbrios
dinâmicos das estruturas responsáveis pela estabilização da articulação do
joelho durante a corrida.
Bursite Trocanteriana dos
Quadris: Inflamação das bursa (bolsa) lateral do
quadril decorrente da fricção das estruturas localizadas entre o fêmur e a
musculatura lateral da coxa.
Estiramento dos
isquiotibiais: Estiramento dos músculos
posteriores da coxa, decorrentes de um estresse tensional na unidade
músculo-tendão.
Luiz Fernando Sola, fisioterapeuta
responsável pelo Núcleo de Estudo da Postura e Pé do Instituto Krion.
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